"Yasmin, alemã, foi a nossa primeira experiência de
intercâmbio. Yasmin ficou em nossa casa apenas vinte dias. Achávamos que ela
estava gostando, mas por solicitação da mãe na Alemanha, ela mudou para uma
casa em São Paulo. Não foi uma experiência muito boa, pois nós
ficamos com a impressão de que ela não tinha gostado da nossa família. Porém, o
desejo de receber um intercambista permaneceu, e então recebemos uma índia
Maori chamada Aimeé, da Nova Zelândia
No início foi difícil. O relacionamento, as diferenças
culturais, e o fato dela ser um pouco retraída dificultaram nos primeiros dias.
Só depois começamos a entender como era a vida dela, e então nos aproximamos, e
ela nos proporcionou uma experiência maravilhosa. Aimeé foi tratada como uma
verdadeira filha.
Em seguida, motivados pela experiência enriquecedora e
gratificante com Aimeé, recebemos outra intercambista, a Helga Christina, da
Islândia. Uma filha muito amada, que já chegou cativando toda a família
com seu jeito carinhoso e muito lindo de ser. Todos ficaram encantados com ela,
e o fato dela ser comunicativa levou à nossa casa outros intercambistas e
amigas da escola. Dessas amigas, uma em especial, Tavga, da Alemanha. Ela havia
passado por duas famílias, e estava precisando de uma família para lhe acolher
durante os seis meses restantes do intercâmbio. Quando Chris já estava de
partida para a Islândia, decidimos hospedar Tavga. Elas chegaram a ficar um mês
juntas em nossa casa.
Tavga, um amor de pessoa, doce, meiga, carismática. Segundo
ela, em dezembro próximo virá nos visitar. Ela nos escreve com freqüência, e
sempre falamos por internet.
Logo após a ida de Tavga para a Alemanha, hospedamos outro
intercambista. Desta vez um menino, Tom, que se tornou um filho muito querido.
Ele também veio da Alemanha.
Também já estava com seis meses no Brasil. Nós fomos sua
segunda família. O período que recebemos Tom foi muito especial. Durante sua
estadia, ele foi bastante comportado, carinhoso, organizado. Adoramos o tempo
em que ele ficou em nossa casa.
Esse ano havíamos decidido não receber mais intercambistas,
porque afinal, já tínhamos recebido cinco filhos em um curto período de tempo.
Mas o Rafael me telefonou perguntando carinhosamente se nós não queríamos
receber o Folk, um garoto da Tailândia, e então como recusar um pedido desses?
Foi assim que recebemos Folk, e agora temos mais um filho.
Ele é especial, disciplinado, retraído, e sentimos que não tem muita facilidade
para fazer amigos. Mas ele tem apenas dois meses, e temos certeza que aos
poucos ele vai se adaptando, e no final, os obstáculos e as fronteiras
culturais vão ser ultrapassadas.
Por fim, relato que a nossa experiência com os
intercambistas foi bastante positiva, enriquecedora e gratificante. Essa troca
nos possibilita conhecer outras culturas sem mesmo ir aos seus países. Eles nos
ensinam a língua, seus costumes e fazem com que o nosso país seja conhecido e
admirado, principalmente quando nós os recebemos como parte da nossa família e
os amamos da mesma maneira que os nossos filhos.
A experiência de receber um intercambista não mudou muito a
rotina da nossa casa. Nosso lar sempre esteve aberto aos amigos. Acredito
também que por ser mãe de um casal de adolescentes, estava preparada para
receber outros jovens. Em alguns momentos me sentia um pouco intolerante, mas
aí então pensava que se eu tivesse a idade deles, e estivesse fora de casa,
seria bastante difícil também. E só assim, devido à vivência com esses jovens
que hoje digo que valeu a pena e fico feliz pela AFS ter nos permitido esta experiência
enquanto família hospedeira. Gostaria que outras famílias pudessem passar por
uma experiência como essa e tenho certeza que sairiam gratificados, assim como
nós estamos."
Doraci e Orlando Sampaio
Família Sampaio, Feira de Santana - Bahia.
Fonte: AFS Intercultura Brasil
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